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Atlético Paranaense campeão mundial em dez anos? O projeto começa hoje

PVC

25/01/2017 13h42

Começa hoje com o amistoso entre o Atlético Paranaense contra o Peñarol, na Arena da Baixada às 20h, o projeto mais ambicioso do futebol brasileiro. No CT do Caju, fala-se em ser campeão mundial em dez anos. Isso não implica a ambição de conquistar a Libertadores em 2017. A ideia é fazer uma grande campanha. A lógica do ambicioso plano é a mesma de 1995, quando o Atlético deixou a Série B, planejou a construção da Arena no velho estádio Joaquim Américo e sonhou ser campeão brasileiro no mesmo período: dez anos.

Foi campeão nacional seis anos depois.

Verdade que num campeonato diferente da maioria, em que a decisão aconteceu contra o São Caetano. Mas nos dez anos seguintes ao acesso, o Atlético Paranaense foi também vice-campeão brasileiro de 2004 e vice-campeão da Libertadores de 2005.

Houve quedas, como o rebaixamento de 2011. Mas o time se mantém entre os mais regulares do país e alcança o Botafogo em 12o lugar entre os que mais participaram da Libertadores.

A ambição do Atlético Paranaense parece um sonho de loucos, exceto quando se visita o Centro de Treinamento do Caju, em Curitiba. A integração entre jogadores de todas as categorias, do sub-15 ao profissional, a estratégia seguida à risca de ter as divisões de base ligadas aos profissionais — são 22 jogadores formados em casa no elenco de 2017 — os sistemas criados para analisar treinos, adversários e monitorar o mercado. Cada detalhe parece pensado.

No amistoso de hoje, contra o Peñarol, dos onze titulares prováveis, sete são da base: Santos, Léo, Sidcley, Otávio, Rossetto, Pablo e João Pedro. A lógica, com as entradas de Wéverton e Lucho González, é que sejam cinco os titulares provenientes da base. Léo começou na base do Vitória. Foi sub-23 do Atlético.

O que mais incomoda o Atlético hoje é a repetição de perguntas sobre a importância da grama sintética no sucesso da equipe: "Estudei a vantagem dos jogos em casa no Campeonato Inglês. Há vantagem por jogar em casa. No nosso caso, não é a grama", repete Paulo Autuori.

Não é mesmo. Até porque o gramado é igual ao natural e faz a bola correr de forma semelhante à da Arena Corinthians, em Itaquera.

O Atlético planeja avançar contra o Millonarios e classificar-se para a fase de grupos. Depois chegar aos mata-matas e chegar o mais longe possível. O plano da taça não é para este ano. Mas a Libertadores permite até pensar nisso, pelo equilíbrio.

O plano é mais audacioso: ser campeão do mundo em dez anos. Se vai dar certo é outra questão

Mas que trabalho organizado para isso existe, pode acreditar.

 

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Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

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O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.


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