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Glória, glória, aleluia! Gabriel Jesus lembra início de Kaká

PVC

02/02/2017 04h29

O início de Gabriel Jesus lembra o começo de Kaká no Milan.

Em 2003, Kaká foi vendido por 8,5 milhões de euros e chegou para ser, supostamente, o reserva de Rui Costa. O meia português havia sido titular de sua seleção na Copa do Mundo e, mais do que isso, camisa 10 do Milan que havia acabado de conquistar a Champions League. Depois de dois amistosos, ganhou a posição e foi titular na estreia do Campeonato Italiano contra o Ancona. Surpreendente no Brasil.

Porque naquele tempo já se dizia que o nível daqui não era condizente com o que havia na Europa. De fato, era diferente, como hoje. Isto não exclui que um jogador fora de série chegue fazendo coisas impressionantes. Kaká ganhou a posição de Rui Costa e fez seu primeiro gol na quinta rodada da Série A, também sua estreia no Derby della Madonnina contra a Internazionale.

Kaká colocou Rui Costa no banco.

Repare na quantidade de vezes que a transmissão da televisão inglesa focalizou Aguero sentado no banco de reservas do Manchester City.

Primeiro, após o passe brilhante, de primeira, de Gabriel Jesus para De Bruyne fazer 1 x 0. Depois, em seguida ao lançamento perfeito que ofereceu para Sterling do lado direito. E especialmente enquanto Gabriel Jesus festejava seu primeiro gol na Premier League, a câmera mostrava Aguero, sem que seus dentes sorrissem. Logo depois, a câmera retornava para exibir Gabriel Jesus abraçado a De Bruyne.

É sempre muito precoce definir o sucesso antes que as sete letras se juntem. Gabriel Jesus está no caminho e será um monstro em breve, se tiver a cabeça exatamente onde está hoje, acima do pescoço. Em três jogos, começou contra o Tottenam, fez um gol em impedimento bem anulado e cabeceou uma bola perigosíssima. Jogou apenas oito minutos daquela partida, sua estreia.

Deu um passe para gol contra o Crystal Palace, quando iniciou sua primeira partida como titular, pela Copa da Inglaterra.

Ontem, primeiro jogo como titular no Campeonato Inglês, ofereceu uma assistência para De Bruyne, o líder de passes para gols da Premier League, com nove. Não foi um toque qualquer na bola. De primeira, em velocidade, deixou o De Bruyne frente a frente com o goleiro Randolph, do West Ham.

Vinte e dois minutos depois, lançou Sterling, com um toque só, genial. Criou jogada de perigo, mas o gol não saiu. A jogada seguinte foi um passe de Sané. Em posição de impedimento, Gabriel Jesus deixou a bola passar até Sertling. Corretamente, o bandeira mandou seguir. Sterling devolveu para Gabriel em condição legal. Ele só tocou para marcar seu primeiro gol no Campeonato Inglês.

É o primeiro jogador da história da Premier League a fazer um gol e oferecer uma assistência em sua estreia como titular.

E com Aguero assistindo a tudo do banco de reservas, como fazia Rui Costa com Kaká, catorze anos atrás.

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Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

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O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.


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