É claro que a classificação do Barcelona foi fantástica.

Também está claro que houve erros de arbitragem.

Uma coisa não exclui a outra. É preciso analisar a partida em todas as suas características.

Nunca tinha existido uma virada de quatro gols de diferença na história da Champions League, mesmo considerando desde a Copa dos Campeões da Europa, desde 1955.

Isto torna impressionante a virada. Ainda mais com três gols a partir dos 43 minutos do segundo tempo.

Mas o árbitro alemão Denis Aytekin errou ao marcar os pênaltis para o Barcelona e também ao não anotar a falta em Di Maria dentro da área.

Semana passada, o diário catalão El Mundo Deportivo estampou a manchete de que o Barcelona seria líder do Campeonato Espanhol, não fossem os erros de arbitragem. Poderia dar também a manchete na quinta-feira sobre a chance que o Paris Saint-Germain teria de estar nas quartas-de-final, não fossem os erros do árbitro.

Neymar à parte.

Porque o craque brasileiro foi protagonista no dia em que Messi estava em campo. Não é justo dizer que foi a primeira vez, até porque na conquista da Champions League de 2015, Neymar tornou-se o primeiro jogador da história a fazer gols em todas as partidas de mata-mata, das quartas-de-final até a decisão de Berlim.

Mas foi diferente. Neymar fez um gol de pênalti inexistente, outro de falta. Lembre-se de que as bolas paradas são de Messi. Não foram, porque o brasileiro pedia passagem. Também sofreu um pênalti, ao menos marcado pelo por Aytekin, e deu um passe espetacular para Sergi Roberto fazer o gol da classificação.

Sua oitava assistência na Champions League. Ninguém deu mais passes do que ele.

Ninguém teve uma atuação tão grandiosa ainda nesta edição da Champions League.