O Cruzeiro venceu o Atlético, porque jogou melhor. Evidente que é necessário perceber que o gol no primeiro minuto mudou o estado de espírito do jogo, do Atlético, da arquibancada. Mas o Cruzeiro foi montado por Mano Menezes da maneira correta. Rafinha foi o dublê de Robinho. Sem o meia, machucado, Rafinha fez lado direito com perfeição, para liberar De Arrascaeta para jogar como ponta-de-lança, vindo da função central dos meio-campistas nos 4-2-3-1, encostando no ataque para atormentar a defesa adversária.

Com 1 x 0 na frente, com um minuto de jogo, o Cruzeiro chamou o Atlético. O 4-1-4-1 do Atlético deixava Elias muito à frente, tirava dele o efeito surpresa que sempre foi sua principal característica. Verdade que Elias jogava assim no Corinthians. Mas tinha a chance de infiltrar-se.

Ficou muito distante o volante, Rafael Carioca, para a linha dos quatro meias, e mais longe o posicionamento de Fred.

O Cruzeiro se agrupava mais.

Ainda que contado com erros de Giovanni, no chute de Thiago Neves, e de Fred, que agrediu Manoel foi bem expulso.

Roger Machado foi feliz ao tirar de foco o erro individual. Houve erro coletivo. O Atlético treinou para impedir o Cruzeiro de roubar a bola no campo de ataque e permitiu o ladrão no campo ofensivo no primeiro lance da partida.

O Atlético perdeu os 100% de aproveitamento.

O Cruzeiro é o único invicto entre os times da Série A do Brasil.