O Botafogo é preto e branco
PVC
17/08/2017 15h03
O caso de injúria racial de um torcedor do Botafogo, já identificado, com nome e sobrenome, não tem nada a ver com o episódio do Grêmio em 2014.
Ainda que se deve pensar se a punição ao Grêmio foi justa. Não foi.
Nada será justo enquanto se punir a instituição e o criminoso permanecer solto.
Então, é possível dizer que o Grêmio foi eliminado injustamente. Talvez fosse eliminado em campo, o que era provável, e isso reforçou a tese da eliminação simbólica.
Isto à parte, toda injúria racial é criminosa e deve punir o criminoso.
No caso de 2014, a injúria poderia ter desestabilizado emocionalmente um jogador em atuação no campo. No caso do estádio Nilton Santos, a injúria dirigiu-se a uma família.
Nos dois casos, é crime. O criminoso deve ser preso e responder ao processo, como a Justiça determinar.
O Botafogo é vítima do idiota. Não o criminoso.
Manga, Josimar, Leônidas, Nilton Santos e Marinho Chagas; Gérson e Didi; Garrincha, Jairzinho, Leônidas e Paulo Cezar. O Botafogo é preto e branco.
Sobre o Autor
Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.
Sobre o Blog
O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.