Alerta! Dos últimos cinco jogos, Brasil não venceu três
PVC
05/10/2017 19h17
Está tudo bem, a lua de mel prossegue, só que é necessário olhar para o resultado global recente e tirar o pé do otimismo exagerado.
É claro que o Brasil pode ganhar a Copa do Mundo, ano que vem. Mas sempre vale a lembrança de que o Brasil só se testou contra rivais sul-americanos.
Nossa eterna mania de julgar que tudo está ótimo, ou tudo está péssimo, dificulta análises mais justas.
Tanto do desempenho, quanto do resultado.
O Brasil jogou melhor do que a Bolívia, teve onze chances de gol, deveria ter matado o jogo com Neymar, que passou por Lampe e deu chante do zagueiro Valverde tirar a bola em cima da linha.
Ou com Gabriel Jesus. Ou em outra oportunidade de Neymar.
Mas não saiu do empate por 0 x 0 e, dos últimos cinco jogos, ganhou só dois. Do Equador, em Porto Alegre, jogando mal o primeiro tempo, e da Austrália.
É importante lembrar para não criar o escândalo quando a primeira derrota chegar.
O Brasil perdeu dois anos de trabalho no período Dunga. Recuperou a confiança, o futebol, mas não tudo o que se faz para ter um time pronto numa Copa do Mundo.
Por mais que a Copa seja o torneio de quem está mais bem preparado num período curto de trinta dias, os quatro anos anteriores ajudam a estar bem na hora certa.
O Brasil está muito melhor do que há dezoito meses. Mas é necessário ter atenção.
E cuidar bem dos amistosos contra Inglaterra, Japão e Alemanha, entre novembro e março.
Sobre o Autor
Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.
Sobre o Blog
O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.