A maior crise entre as seleções nacionais
PVC
09/10/2017 10h02
A Itália precisa vencer hoje a Albânia, fora de casa, para ser cabeça-de-chave no sorteio da repescagem das eliminatórias europeias.
Veja, não para ser cabeça-de-chave da Copa do Mundo, mas na repescagem.
Neste momento, Portugal, País de Gales, Dinamarca e Itália são os mais bem ranqueados, em comparação com Irlanda do Norte, Suécia, Eslováquia e Grécia, os classificados de hoje em segundo lugar em seus grupos na Europa.
Se a Itália não ganhar, pode cair para o segundo pote, o que implicará o risco de enfrentar Portugal, de Cristiano Ronaldo, caso os portugueses não vençam os suíços e tenham de disputar com os segundos colocados.
Quer dizer que se a Azzurra ganhar da Albânia, poderá ter encontros contra gregos, ou eslovacos, ou norte-irlandeses.
A Suécia é uma pedreira mesmo assim.
A Irlanda do Norte trará de volta o fantasma das eliminatórias de 1958. Foram os norte-irlandeses os responsáveis pela única desclassificação da Azzurra em eliminatórias, há 60 anos.
A Eslováquia já tirou a Itália na primeira fase da Copa de 2010.
Diga-se, de todas as grandes crises, do Brasil do 7 x 1, da Argentina fora da faixa de classificação, a mais prolongada é a da Itália. Não há mais grandes craques e os italianos foram eliminados nas duas últimas Copas do Mundo na fase de grupos.
Em 2010, numa chave com Eslováquia, Paraguai e Nova Zelândia.
Em 2014, no grupo com Inglaterra, Uruguai e Costa Rica. Ser eliminada nestas condições seria mais digno, se a campeã do grupo não fosse a Costa Rica.
Depois do título mundial de 2006, a Itália deu sinal de vida nas Eurocopas. Vice-campeã em 2012, eliminada nas quartas-de-final contra a Alemanha, nos pênaltis, em 2016.
É pouco. A Itália é hoje a seleção importante com a maior crise no futebol mundial.
Sobre o Autor
Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.
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