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Corinthians não jogava para menos de 10 mil em SP havia seis anos

PVC

22/01/2018 12h46

O Corinthians não disputava uma partida na cidade de São Paulo para público menor do que 10 mil torcedores desde outubro de 2012, quando enfrentou a Portuguesa no Canindé, pelo Brasileirão, diante de 7.397 pagantes. O mando do jogo era da Portuguesa, assim como foi no Pacaembu no último domingo (21), com mando do São Caetano, diante de 7.348 pagantes.

A pequena presença de torcedores desperta curiosidade neste blogueiro. A impressão inicial é de que o torcedor do Corinthians tirou uma espécie de folga, por não precisar pontuar seu cartão de sócio torcedor. Isto pode se desmentir se houver repetição do público pequeno contra a Ferroviária, quarta-feira. Contra a Ponte Preta, havia 19 mil pagantes, 21 mil presentes no Pacaembu.

No ano passado, o Corinthians foi o time com maior diferença de público do Paulista para o Brasileiro. A média do estadual foi de 27 mil espectadores, contra 40 mil no torneio nacional. O Palmeiras teve 28 mil no estadual, 29.600 no Brasileirão.

A última vez que o Corinthians disputou uma partida, em São Paulo, com mando de campo seu e recebeu menos de 10 mil espectadores foi em 28 de março de 2012, pelo Paulista: Corinthians 1 x 0 XV de Piracicaba, diante de 6.960 torcedores. Era a última rodada da fase de classificação e o time já estava habilitado para disputar as finais.

No domingo, na coluna da Folha de S. Paulo, defendi que é relativo dizer que o torcedor prefere os dlássicos aos jogos de grandes contra pequenos. Como exemplo, a presença de 42 mil torcedores (33 mil pagantes) em Cruzeiro x Tupi, contraste com os 6 mil pagantes da abertura do Brasileirão, em Cruzeiro x São Paulo.

A ideia não é a de que os estaduais devem continuar, mas mostrar como é difícil resolver a equação do calendário e dar aos pequenos dez meses de calendário, sem escravizar os grandes.

Mas o ponto central é: todo jogo vale quando é time grande em campo. Não é possível mais dizer que um jogo do Corinthians, Flamengo, Fluminense, Palmeiras, não vale nada por ser estadual. Vale por ser Corinthians, Flamengo, Fluminense, Vasco. Evidente que o Brasileirão é mais importante do que o estadual. Mas se o time grande está em campo, tem de ter mais de 30 mil torcedores. Como primeiro passo, mais de dez mil pelo menos.

Ano passado, o Corinthians jogou sem mando de campo, clássico contra o Botafogo diante de 7 mil torcedores. Não pode. Nem pelo Brasileiro, nem pelo Estadual, nem pela Libertadores, nem pela Copa do Brasil… Nem em amistoso.

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Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

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O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.


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