Foi Gustavo Villani quem iniciou, sem querer, a campanha do "Segue o Líder." Ao narrar com esta frase o golaço de Lucas Paquetá contra o Bahia, no feriado de Corpus Christi, espalhou-se a expressão sobre seguir o primeiro colocado. Mas para os rivais o ideal é cercar o líder, e não segui-lo, quando houver a paralisação do Brasileirão, no dia 13 de junho.

Cercar está mais difícil do que seguir. Mas o certo é encostar no Flamengo antes da parada da Copa, especialmente porque o mercado indica que depois do Mundial o campeonato será outro, tantas as negociações em andamento.

O Flamengo enfrentará o Paraná Clube no Maracanã e depois o Palmeiras, no Allianz Parque. Ocorre que no final de semana os perseguidores diretos jogam fora de casa. O Sport contra o Vasco, o Palmeiras no Ceará, o Cruzeiro contra a Chapecoense, o São Paulo na Arena Baixada, onde jamais venceu. O Atlético Mineiro é o único anfitrião e recebe o Fluminense. Todos têm a necessidade de vencer para cercar, em vez de seguir o líder.

Enquanto isso, o Flamengo joga contra o Paraná Clube, no Maracanã.

A distância de cinco pontos não é a maior na décima rodada. Em 2011, o Corinthians abriu sete pontos sobre o São Paulo, segundo colocado. Cinco jogos depois, estava atrás do Flamengo. Figurava em segundo lugar. Mas abrir cinco pontos de diferença é muito importante, especialmente para um clube que, como o Flamengo, convivia com agressões nos aeroportos há sessenta dias.

Contra o Fluminense, o Flamengo foi melhor o jogo todo. Correu riscos no início do segundo tempo, mas mostrou força, com Marlos Moreno pela direita, Vinicius Júnior, o melhor em campo.