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Albert, craque belga dos anos 90, diz que Brasil é favorito ao título

PVC

04/07/2018 15h11

Comentarista do canal belga RTBF, o ex-zagueiro Phillip Albert conversou com este blog por quinze minutos. Ele está em Moscou, a caminho de Kazan, de onde comentará o jogo Brasil x Bélgica. Albert disputou as Copas do Mundo de 1990 e 1994, eliminado nas oitavas-de-final nas duas campanhas, mas sempre contra ex-campeões mundiais. Em 1990, contra a Inglaterra, gol de David Platt na última bola do jogo, em 1994, contra a Alemanha, com um 3 x 2 em que o próprio Alberto colocou pressão sobre os último campeões do mundo ao marcar no último minuto do jogo e permitir imaginar o empate nos acréscimos.

Por telefone, Albert falou sobre a seleção belga e sua crença em que, num dia bom, o Brasil possa ser eliminado. Mas deixou claro o que pensa sobre o favoritismo para a Copa: "O Brasil é o time mais organizado."

PVC – O que você pensa do jogo Brasil x Bélgica?
ALBERT –
Acho que o Brasil é favorito. É um time muto forte. Tem excelente defesa, um meio-de-campo consistente e tem Neymar, um dos melhores do mundo. A diferença deste Brasil para outros é que é muito forte, muito sólido. Não joga mais como nos anos 1960 ou 1970, mas é uma equipe tão forte quanto as europeias, em termos de organização.

PVC – Quando você diz que não joga como nos anos 1960 ou 1970, isto é bom ou ruim?
ALBERT –
É bom. O futebol está diferente do que já foi e é preciso entender isto. Digo que não joga como jogou em 1970, quando tinha Pelé, Carlos Alberto, Garrincha (sic). Por outro lado, é uma equipe de organização excelente. Espanha, Alemanha e Brasil são os times mais fortes do mundo e com as quedas de Alemanha e Espanha, o Brasil é o favorito para ganhar o título mundial.

PVC – Como a Bélgica se relaciona com o jogo de 2002 e com o gol anulado de Wilmots?
ALBERT –
Isto é passado e não vivemos do passado. Acho que naquela época o Brasil tinha uma equipe formidável, com Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho e venceu porque mereceu vencer. Não temos de pensar nisso, mas na possibilidade de fazer um grande jogo e de o Brasil não estar no seu melhor dia.

PVC – Você acha que a geração belga é apenas uma grande geração ou que isso gerará muitos times fortes da Bélgica no futuro?
ALBERT –
Acho que é uma grande geração. E é por isso que pensamos que dependemos de um grande jogo e de o Brasil não estar no seu melhor nesse dia. Se o Lukaku tiver uma grande atuação, se houver uma grande participação de Hazard, de De Bruyne, a Bélgica pode ganhar o jogo e chegar à sua segunda semifinal. Acho que temos uma grande geração e que vai durar por mais dez anos.

PVC – Que diferença esta Copa do Mundo mostra em relação a quando você jogou Copas, em 1990 e 1994?
ALBERT –
O espaço está muito menor. Os times taticamente estão jogando em pedaços de campo muito restritos. Daí você precisar marcar e atacar sabendo exatamente o que está fazendo.

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Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.


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