Mercado prefere Rodriguinho a Ganso
PVC
12/01/2019 13h07
No início da janela de transferências, o estafe de Paulo Henrique Ganso procurou o Cruzeiro. Apostou na velha admiração cruzeirense pelo meia, vice-campeão brasileiro pelo São Paulo em 2014, ano em que o Tricolor foi quem mais incomodou o bicampeonato celeste. A conversa não avançou pelo mesmo motivo que não andou em outras tentativas do meia: ninguém tem certeza de que Ganso renderá.
Tanto a hipótese de que jogue no Fluminense, quanto a superada ideia de que pudesse atuar pelo Cruzeiro significaria um investimento próximo a R$ 1 milhão mensais. Com os valores inflacionados do futebol brasileiro, o Ganso de 2010 mereceria. O Ganso de hoje, com 22 partidas disputadas em três temporadas na Europa, não convence. Custo-benefício baixo é a perspectiva.
No Campeonato Francês, Ganso disputou 12 partidas, 7 saindo do banco de reservas, não fez gol e deu dois passes decisivos. Pelo Sevilla, em duas temporadas, fez 18 jogos e quatro gols. São 30 partidas de campeonatos nacionais de 95 possíveis (33%). Rodriguinho não tem o mesmo talento, mas mais participação. Imagina-se que possa jogar de área a área, como nos primeiros tempos de Corinthians.
Organiza e chega ao ataque, faz gols e custa menos do que Ganso. Falta pouco para Rodriguinho acertar com o Cruzeiro. Entre as duas hipóteses, não há dúvida de que o Cruzeiro escolheu o caminho certo.
Sobre o Autor
Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.
Sobre o Blog
O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.