O argumento do Corpo de Bombeiros de que não fiscalizou os contêineres no Ninho do Urubu porque não integravam a documentação apresentada lembra a fábula do repórter escalado para uma matéria no circo. De volta à redação de mãos vazias, afirmou que não fez a reportagem, porque o circo pegou fogo.

Se o Corpo de Bombeiros chegasse ao Ninho do Urubu e encontrasse um elefante, também não faria nada, porque não não consta na documentação?

O segundo capítulo das contradições da semana é que a prefeitura solicitou o adiamento de Vasco x Resende, pela perspectiva das chuvas que começariam na noite de terça-feira (12). Em boa parte da cidade, ainda não caiu a chuva anunciada, diferente da semana passada, quando o tornado não foi divulgado, mas atingiu toda a população. Como chove forte em São Paulo na manhã desta quarta (13) e a previsão do tempo ainda diz que haverá tempestade, a tarde deve mesmo ser difícil para o Rio de Janeiro.

O que justificaria o novo adiamento. Senão para quinta-feira, porque a Polícia Militar não deseja duas partidas no mesmo dia. Então para o final de semana, com negociação com a CBF para que os times cariocas iniciassem a campanha no Brasileiro uma semana mais tarde.

Em vez disso, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro divulgou nota mantendo a semifinal entre Vasco e Resende, mas suspendeu a venda de ingressos e recomendou aos torcedores que não se sentirem seguros de ir ao Maracanã, que peguem seu dinheiro de volta. Até a divulgação dessa nota, havia 12 mil bilhetes vendidos.

O detalhe é que o Maracanã também desejava o adiamento. E que houve Botafogo x Defensa y Justicia, semana passada, debaixo do tornado.

Saindo de casa na Barra da Tijuca, a cancela da garagem do prédio não abriu. Só levantou para a passagem do veículo quando o carro deu marcha à ré. É verdade!