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Carille comemora melhor atuação e põe dedo na ferida

PVC

10/03/2019 18h30

O técnico Fábio Carille avaliou como a melhor atuação do Corinthians no ano o empate por 0 x 0 contra o Santos. De fato, o pecado do jogo foi a falta de gols, mas os corintianos chutaram 12 vezes contra 9 dos santistas. Houve duelo tático com estratégia ofensiva do Corinthians e contraponto de Sampaoli, no segundo tempo (leia a Prancheta do PVC, na edição de segunda-feira da Folha de S. Paulo). Com tudo isso, Fábio Carille tocou o dedo na ferida do calendário brasileiro. "Muita gente está reclamando da qualidade do futebol, dizendo que não está legal, e não está mesmo. Mas isso se deve muito ao calendário."

Disse que, até o jogo contra o São Bento, não havia conseguido fazer nenhum treinamento de posicionamento. Esta foi a primeira semana com seis dias de treinos da equipe.

O treinador corintiano comparou o calendário brasileiro ao argentino, como Mano Menezes também já fez, ao ser lembrado sobre ter quatro meses a menos de trabalho, e 54 jogos a mais do que Guillermo Barros Schelotto, do Boca Juniors, na época das quartas-de-final da Copa Libertadores.

Como disse Carille, a baixa qualidade de muitos jogos deve-se, em grande parte, ao fator calendário. Ele não disse que toda a responsabilidade está nesse aspecto.

É mais uma voz que se levanta para tratar desse problema.

Em campo, o Corinthians começou o clássico contra o Santos com marcação por pressão. Não apenas isso. O Corinthians fazia um triângulo de marcação, depois do meio-de-campo, que tirava a chance de a bola chegar ao lado direito santista, o mais forte da equipe de Sampaoli. Clayson, Danilo Avelar e Sornoza marcavam esse lado, com Boselli dificultando os passes de Alisson, Gustavo Henrique e Aguilar. O jogo santista não chegava a Victor Ferraz e Carlos Sánchez e voltava para ser lançada para o ataque. Em Itaquera, o Santos fez 50 lançamentos. Sua média é de 33.

O antídoto de Sampaoli foi a inversão do eixo do jogo no segundo tempo. Com o recuo de Jean Mota para o meio-de-campo, os lançamentos passaram a encontrar Derlis González e Rodrygo na ponta esquerda. Por ali, o Santos quase marcou duas vezes.

Apesar do 0 x 0, o clássico foi bem jogado.

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Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

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O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.


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