Topo

Pai de Pato assinou com São Paulo depois de acertar com Palmeiras

PVC

28/03/2019 13h24

Pato procurou o Palmeiras em dezembro do ano passado. Queria jogar no Parque Antarctica. O primeiro contato chegou aos ouvidos do técnico Felipão, que acabara de vencer o Campeonato Brasileiro. Ele vetou.

O depoimento é de um dos empresários envolvidos no negócio, que terminou por colocar o atacante no São Paulo. Conta também que houve uma segunda tentativa de aproximação de Pato com o Palmeiras. Felipão vetou pela segunda vez.

Depois de ter convocado o atacante quatro vezes para a seleção brasileira, Felipão não o levou nem para a Copa das Confederações, nem para a Copa do Mundo.

Leia também

Saudades do Morumbi? Pato filma chegada ao estádio do São Paulo

UOL Esporte


Depois dos dois vetos e decidido a deixar a China, Pato recebeu telefonema do agente Jorge Machado, que trabalha com Felipão desde o ano passado e conhece Pato desde os 12 anos.

O atacante pediu sua interferência e contou com sua colaboração. Disse que perdeu muito tempo na carreira e precisava atuar num clube em que o técnico confiasse em seu trabalho. Não foi assim no Chelsea, nem no Villarreal, nem na China, do seu ponto de vista. Pato quer a Copa do Mundo de 2022. "Não dá tempo para a Copa América, mas quero voltar à seleção", era seu discurso. Este colunista sempre pergunta por que Pato quer a Copa de 2022, se não fez questão de trabalhar duro para jogar as Copas de 2010, 2014 e 2018. Mas vá lá…

Felipão era o desejo de Pato. Queria trabalhar com o treinador, que poderia tirar dele o máximo desempenho. Machado procurou o treinador do Palmeiras, falou sobre os dois vetos anteriores e contou a versão do atacante sobre o que quer para seu futuro.

O treinador palmeirense pediu um jantar. Queria olhar nos olhos de Pato. Entender se seu interesse em voltar a jogar em alto nível era mesmo sincero. O jantar esteve perto de ser marcado, mas compromissos na China impediram o encontro pessoal. Felipão, então, pediu que Pato telefonasse. A conversa fluiu, o treinador se interessou.

Não que isto levasse à contratação. Primeiro porque Felipão não é o dono do dinheiro. Segundo, porque o Palmeiras resistia. Terceiro, porque havia o interesse do São Paulo e do Santos.

Com tudo isso, a direção do Palmeiras aceitou fazer proposta: R$ 350 mil. Contrato de produtividade. Pato topou. A concorrência fez o negócio subir. Poderia chegar até R$ 600 mil, sempre de acordo com metas a serem cumpridas. Mais gols, mais jogos e mais títulos significariam mais dinheiro. O Palmeiras também não abria mão de um contrato até dezembro de 2019, sem cláusula de preferência na renovação. Pato parecia convencido de que este seria o melhor cenário. Trabalhar com Felipão, que confiasse a ajudasse a recuperar sua carreira. Estava fechado com o Palmeiras, de boca.

"Pato conversou com Felipão três vezes", segundo o agente envolvido.

O São Paulo também queria Pato. O presidente Leco desejava. Mas até sexta-feira, Cuca não queria.

No início da tarde de quarta-feira, Leco dizia estar aguardando a resposta do atacante. O Palmeiras dizia o mesmo. Na noite anterior, no entanto, com encontro marcado para sacramentar o negócio com o Palmeiras, já apalavrado, surgiu a informação de que o pai do jogador, Geraldo Rodrigues, havia acertado tudo com o São Paulo, o que se confirmou na tarde seguinte. Não é preciso falar em chapéu. O agente de Pato, André Cury, disse ao globoesporte.com que a diferença foi o formato do negócio. Que o Palmeiras chegou ao máximo de 750 mil euros e o São Paulo é de 10 milhões de euros por quatro anos.

No início da história, Pato abria mão de tudo para voltar ao Brasil. Até mesmo dos 2,5 milhões de euros que pagou para ter direito à rescisão contratual com o Tianjin, na China. No fim da novela, o São Paulo pagará até mesmo o que Pato desembolsou para os chineses o liberarem.

Rebeca Abravanel acompanha Pato em dia de visita ao Morumbi

UOL Esporte

Comunicar erro

Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Pai de Pato assinou com São Paulo depois de acertar com Palmeiras - UOL

Obs: Link e título da página são enviados automaticamente ao UOL

Ao prosseguir você concorda com nossa Política de Privacidade

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.


Coluna do PVC