Por que não foi bom o desempenho do Brasil na Copa do Mundo
PVC
23/06/2019 19h49
É de se valorizar o que o Brasil fez na Copa do Mundo feminina.
Mas não de se contentar. Não foi bom. Perder no detalhe, como a comissão técnica lamentava nos nove amistosos anteriores ao Mundial. Perdeu para uma das candidatas ao título, o país onde o futebol feminino mais evoluiu.
Mas o Brasil caiu nas oitavas-de-final pela segunda Copa do Mundo consecutiva.
Em 2015, somou nove pontos na fase de grupos e perdeu para a Austrália por 1 x 0. Como foi pior desta vez, seis pontos na fase de grupos e derrota na prorrogação nas oitavas, esta fica registrada como a pior campanha brasileira desde 1995.
Então não é bom. Não por culpa das jogadoras, que se esforçaram ao máximo. Fizeram um partidaço, com Thaysa comandando o meio-de-campo.
Só Diani, do Paris Saint-Germain, brilhou mais no jogo de Le Havre.
Mas se o Brasil se pretende um país de futebol, é preciso saber que é possível fazer mais no próximo ciclo.
Criar um ambiente, transformar o preconceito, motivar mais meninas a jogar futebol.
Bárbara, Letícia, Mônica, Kathleen, Tamires, Thaysa, Formiga, Ludmila, Debinha, Marta, Cristiane, Geyse, Poliana, Andressinha, Beatriz… São todas heroínas.
A CBF precisa permitir que elas tenham mais ambição daqui a quatro anos.
Sobre o Autor
Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.
Sobre o Blog
O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.