Dizer que o Internacional joga com três volantes é um pecado.

Joga com cinco meio-campistas e três atacantes.

Assim, parece até que são treze jogadores. Deve ser por isso que o Internacional tem sido tão soberano em seus jogos.

Lindoso, Edenílson e Patrick são meio-campistas completos.

A gente adorava ver Gerrard e Lampard, que jogavam como meias e eram volantes ao mesmo tempo. Dizíamos meio-campistas, hoje falamos box to box… Área a área.

Ora, o que é Edenílson? Se não quiser usar as nomenclaturas mais modernas, usemos o que Mario Filho dizia sobre Telê: o ponteiro dos segundos. Não para nunca.

O Internacional, de Odair Hellmann, é o ponteiro dos segundos. Não para.

A noção do tempo para o Cruzeiro é outra. São 825 minutos sem fazer gols, oito partidas e mais 36 minutos do clássico contra o Atlético. Por mais que se diga que um time é mal treinado, e não é justo dizer isto sobre Mano Menezes, não seria provável um time passar tanto tempo sem fazer gols.

Quando Telê Santana terminou seus cinco anos de São Paulo, os resultados também eram melancólicos. Telê era um monstro de treinador, mas perdeu do Paysandu, do Grêmio, do Palmeiras, empatou com o Bragantino, em 1995. Seu trabalho brilhante estava esgotado.

O cruzeirense Robinho disse, em sua entrevista coletiva, que o Internacional é o melhor time do Brasil.

Como dizia a capa do disco dos Titãs, "A melhor banda de todos os tempos da última semana", é um risco dizer isto hoje, porque o Cruzeiro foi o melhor do primeiro trimestre, o Palmeiras do segundo e agora o Internacional rivaliza com o Santos como destaque do país.

Mas o Internacional é incrível!

E o que acontece com o Cruzeiro é inacreditável!