O primeiro turno do Brasileirão foi uma maratona. Disputada em quatro meses e meio, com a Copa América paralisando o torneio por um mês, no meio. De 27 de abril, data da estreia com Flamengo 3 x 1 Cruzeiro — a primeira derrota cruzeirense no ano — até 15 de setembro, foram 142 dias falando de Brasileirão.

O segundo turno do campeonato será uma corrida de cem metros. Largará no sábado, dia 21 de setembro, e se encerrará no domingo, 8 de dezembro. Serão 79 dias, nos quais o Palmeiras e o Santos disputarão dezenove jogos e o Flamengo poderá disputar 22.

22 jogos em 79 dias foi o que o Flamengo de Zico fez entre os dias 26 de setembro e 13 de de dezembro de 1981.

Da derrota para o Botafogo por 2 x 1, diante de 25 mil torcedores no Maracanã, gols de Marcelo e Ademir Lobo para os alvinegros, Nunes para o Flamengo, desfalcado de Leandro, até a vitória por 3 x 0 sobre o Liverpool, houve 16 vitórias, 2 empates e 4 derrotas em 79 dias.

A semelhança deste ano não inclui o Mundial. Ser campeão da Libertadores e Brasileiro no mesmo ano,  só o Santos de Pelé conseguiu em 1962 e 1963, quando entrava nas finais tanto da Taça Brasil, quanto do torneio continental. Em 1963, foram quatro jogos de cada torneio, oito no total. O Flamengo disputou 35 partidas do estadual e 13 da Libertadores para ganhar os dois torneios simultâneos, em 1981. Mas não venceu o Brasileiro, vencido pelo Grêmio, antes do início da taça continental.

A incrível coincidência é o número. Curiosidade que tenha sido disputar 22 partidas em 79 dias de 1981 e que o Flamengo precise superar exatamente o mesmo desafio para ganhar tudo, em 2019.