O risco do Corinthians
PVC
26/10/2019 20h41
De 64 partidas oficiais neste ano, o Corinthians venceu 26 e não venceu 38. São 24 empates e 14 derrotas.
É demais. Suficiente para questionar as declarações dos jogadores corintianos, como a de Cássio, que falou sobre a organização da equipe. A pergunta não é se o Corinthians se organiza. Claro que sim. A pergunta é por que não consegue desorganizar os adversários.
O Santos tentou e conseguiu atrapalhar seu rival, em Itaquera, casa dele.
Sampaoli explicou por que tirou Carlos Sánchez e foi convincente.
Diz que precisava de Jean Mota e Evandro para ter mais a bola, não apressar o passe — deu a entender que Carlos Sánchez às vezes apressa — e controlar a partida. "E controlamos", disse.
Tem razão.
O Brasileirão sempre viveu de um grande time e outros satélites, brigando por Libertadores. É normal. No caso do Corinthians, é justo entender que é anormal ser o satélite e não o protagonista. Mesmo que se entenda que, em muitos anos, isto vai acontecer. A questão é que o Corinthians corre o risco de, pela segunda vez seguida, não ir nem sequer à Libertadores.
Pelo que não jogou contra o Santos, o normal seria Sampaoli ganhar o jogo e não ser questionado sobre as razões de ter optado por um ou outro jogador. Suas opções foram para sair vencedor de Itaquera. Merecia sair.
Sobre o Autor
Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.
Sobre o Blog
O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.