As folhas de pagamento do campeão Flamengo e do rebaixado Cruzeiro desmentem que o dinheiro seja o grande diferencial do Campeonato Brasileiro a favor do rubro-negro. A organização e a credibilidade fazem parte do cardápio vencedor. O Cruzeiro caiu para a segunda divisão com a segunda maior folha de pagamento do país: R$ 14 milhões. Só o Palmeiras pagou mais caro do que o gigante mineiro, 17o colocado na tabela.

A folha do Flamengo é R$ 1 milhão mais barata do que a celeste: R$ 13 milhões, aproximadamente.

O acesso a uma lista de salários do Cruzeiro indica que há laterais na faixa de R$ 500 mil e zagueiros na faixa de R$ 700 mil. Só com os três goleiros, a folha ultrapassa um milhão.

A dificuldade para remontar o novo Cruzeiro passa pelas rescisões ou empréstimos de jogadores. Na noite de terça-feira (10), em Porto Alegre, circularam informações de que o Grêmio poderia voltar a conversar sobre a contratação de Thiago Neves. Nesse caso, o Tricolor Imortal deixaria uma lista de jogadores à disposição da diretoria cruzeirense, para incluir como troca.

No início de 2019, Renato Gaúcho queria Thiago Neves e a troca por Luan chegou a ser sacramentada, mas o meia gremista preferiu não se transferir para Belo Horizonte.

Com a queda do contrato de televisão, de R$ 80 milhões para R$ 8 milhões, o Cruzeiro terá de montar elenco mais jovem e barato. Jogadores como o lateral Wéverton, os zagueiros Cacá, Dudu e Fabrício Bruno, o lateral Rafael Santos e, possivelmente, o meia Maurício, farão parte da nova equipe.