Brasil começará eliminatórias no Nordeste. CBF promete tabela sem política
PVC
13/01/2020 04h00
Com Danilo Lavieri, do UOL, em São Paulo
A seleção brasileira estreará nas eliminatórias da Copa do Mundo, na última semana de março, contra a Bolívia, numa cidade do Nordeste. Ainda não se conhece esse município, mas será o primeiro passo para conhecer uma tabela toda montada antecipadamente e toda discutida por questões técnicas. Diferente de todas as edições anteriores das eliminatórias neste século, a promessa é de se escolher os locais dos jogos antecipadamente e levando em conta apenas aspectos como qualidade do gramado e distância das viagens.
A promessa é clara: a definição será técnica e não mais política. Não vai acontecer mais de se jogar em San Cristóbal, contra o Equador, em Quito, e logo depois contra o Peru, em Porto Alegre, como ocorreu antes da Copa do Mundo da África do Sul, por acordos com federações locais.
Uma das "provas" que a CBF tentará demonstrar sobre o fim do jogo político ocorrerá já neste mês. Até o fim de janeiro, o coordenador de seleções, Juninho Paulista, divulgará os locais dos nove jogos da seleção nas Eliminatórias (até o final de 2021), rechaçando qualquer possível chance de compromisso com federações locais às vésperas dos duelos. Com tudo definido, não haverá manobra para mudanças.
As partidas contra as seleções mais tradicionais, como Uruguai, Argentina e Colômbia, serão distribuídas apenas por Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. No caso da Argentina, que já enfrentou o Brasil em Belo Horizonte nas duas últimas visitas ao Brasil, é certo que o jogo será num palco carioca ou paulista. Pode ser São Paulo, porque Tite prefere os gramados mais cuidados e os paulistas estão em melhores condições do que o Maracanã.
Tite tem dois compromissos em fevereiro. Dará palestra no dia 13, em Bilbao, como parte da cerimônia da Eurocopa na Espanha — Bilbao será uma das sedes da Euro itinerante. Também visitará os jogos das oitavas-de-final da Champions League. Um pouco depois, fará a convocação para a primeira rodada das eliminatórias.
À parte a Copa América na Argentina e Colômbia e os Jogos Olímpicos, o compromisso mais sério e decisivo da seleção brasileira é jogar as eliminatórias em alto nível.
Sobre o Autor
Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.
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