Os patrocínios dos grandes clubes do Brasil
O pecado do caso BMG é o de se ter dado a entender números maiores do que de fato estão confirmados, por matéria da Máquina do Esporte. Sempre que houver total transparência não haverá confusões deste tipo. Mesmo assim, a análise de mercado precisa ser feita de maneira justa.
A comparação com a Crefisa segue sendo tom em todos os comentários de redes sociais. O Palmeiras ganha o Dérbi dos Patrocínios. Vence em comparação com todos os demais grandes clubes do país.
O outro lado é o que o mercado tem oferecido aos clubes. Abaixo do Palmeiras, o maior contrato de patrocínio é o do São Paulo: R$ 23 milhões/ano do banco Inter. Significa que o São Paulo arrecadará R$ 46 milhões entre 2019 e 2020, quando termina o acordo. O Corinthians recebeu R$ 30 milhões na assinatura do contrato com o BMG e arrecadará R$ 12 milhões no ano que vem, como valor mínimo. Pode ser mais, se houver sucesso na operação. E o Corinthians tambem tem as outras propriedades, como costas e ombros. Neste ano, pode fazer até 60 milhões de reais..
Ou seja, o São Paulo receberá certamente R$ 46 milhões até dezembro de 2020 e o Corinthians R$ 42 milhões, com hipótese de aumento. O Corinthians passou os últimos 21 meses sem patrocínio master e mantém receita anual semelhante à que tinha em 2012.
Abaixo, os valores pagos pelos últimos contratos de patrocínio aos maiores clubes do Brasil:
PALMEIRAS – R$ 81 milhões/ano – Crefisa
FLAMENGO – R$ 25 milhões/ano – Caixa (acordo encerrado)
SÃO PAULO – R$ 23 milhões/ano – Banco Inter
CORINTHIANS – R$ 12 milhões/ano (*) – BMG (recebeu R$ 30 milhões em 2019 e receberá o valor mínimo de R$ 12 milhões a partir de 2020)
BOTAFOGO – R$ 10 milhões/ano – Caixa (mantém o nome do banco na camisa, mas o contrato está se encerrando).
FLUMINENSE – sem patrocínio – (em agosto, o clube anunciou o fim da parceria com a Valle Express, que durou sete meses. O fim do acordo se deu por falta de pagamento. A Valle admite dívida de R$ 1,4 milhões pelos sete meses. O Fluminense cobra R$ 8,8 milhões de dívida).
SANTOS – Sem patrocínio (a Caixa pagava R$ 12 milhões anuais)
VASCO – Sem patrocínio (a Caixa pagava R$ 12 milhões/ano)
ATLÉTICO MINEIRO – R$ 11 mmilhões – BMG
CRUZEIRO – R$ 12 milhões/ano (Caixa) – contrato encerrado em dezembro
(*) valor do patrocínio master. O Palmeiras contabiliza a camisa inteira.
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